Eu me lembro muito bem, como se fosse amanhã!

Eu abri meu coração como se fosse um motor.
E na hora de voltar sobravam peças pelo chão.
Mesmo assim eu fui à luta! Eu quis pagar pra ver!

Vendaval.

Penso no que faço, no que fiz e no que vou fazer. (e paro por aí). Pois geralmente só penso, agir são outros 500 de milhares de moléculas que precisam de muito esforço para mudar algo. Muita coisa mudou, li e reli (ou re-li) todos os posts e OMG! Quanta coisa boa, quanta coisa que eu pensava até então que só o Nando Reis ou o Eddie Vedder poderiam dizer. Claro, me comparo a eles, eles são o Olimpo e eu Hércules? Nossa, perdi toda poesia pelo caminho e me sobraram apenas o "humor" e a facilidade de ligar coisas distantes. Decidi expor meu blog. Uma maneira open source de viver a vida. Mas afinal, tem algo de útil em ler um blog cheio de desilusões e devaneios? Claro, cada um encontra um pouco de si no outro, não no próximo, mas no anterior. Porque o próximo é apenas uma expectativa e todo o resto é resto. Reciclável ou não, podemos dar de comer aos cães, mas se os alimentamos com ração, o que faremos com todo o resto? Deixaremos apodrecer em alguma sacola de plástico de mercado, esperando que o caminhão de lixo passe aqui dentro, por cima de tudo, recolhendo o pouco que sobrou. Lixo é lixo. Toda matéria é lixo, se o lixo é transformação, tudo está se transformando, sempre. Até uma árvore é lixo, lixo é bom. Lixo é vida. Isso é algo que alguém que vê a vida como um lixo poderia dizer. Não toda vida, a vida em si. Mas a própria vida, a própria existência. Peço alguma ajuda, não toda e qualquer ajuda, só alguma, não qualquer, só alguma, pra me ensinar a pescar e não viver ganhando peixes por aí.