Lovers always come and lovers always go.

Não quero ser ingrata aos que me ajudaram, apoiaram, aguentaram minhas crises e enxugaram muitas de minhas lágrimas. Quando olho pra trás, não vejo uma contribuição válida da minha parte, nas amizades. Mas vejo que sempre fizeram de tudo pra dar suporte aos meus momentos. Enfim, não sei se é a vida querendo me fazer forte e independente, ou se é a vida querendo libertar meus amigos do fardinho que é minha amizade, porém chegou o ponto de partida, aquele em que a gente parte ao meio, parte uns corações e, por fim, parte. Sempre ficarão as memórias, os segredos, as incontáveis risadas e os inegáveis hábitos divididos, mas é um ponto da vida em que não consigo assumir minha solidão, que nem é tão solitária assim. Eu que sempre fui tão de "melhores amigos", oficializo aqui, como forma de convencer-me e, comunicar-me, meus melhores amigos agora são melhores amigos de outros. E, felizmente, a vida trouxe à tona o que eu sempre soube... meu único melhor amigo é Deus, e como o cara é onipresente e onipotente, por mais que alguns amigos tenham chegado bem perto disso, não há como competir. Ainda haverão aniversários, casamentos e alguns encontros casuais, mas despeço-me rimando, pra que nós possamos viver mais. Adiós, amigos!

Profissão: dólar.

Na vida real, inflação de egos, quem paga na mesma moeda sempre sai perdendo. Juros de amor, promissórias não cumpridas, cartões empoeirados de quando as pessoas eram físicas. O mercado é de trabalho e o balcão é de empregos, "entraremos em contato" é um "não", de um novo jeito. Cuecas justas na política, saias jutas na eleição, E a justiça que deveria ser justa, continua cega por opção. In God we trust, porque só Deus pra lavar as almas de quem lava milhão por milhão. Fiz um balanço razoável, calculei os danos, debutei nos planos, creditei em muita gente... e apesar de toda despesa, de saudades e despedidas, a receita é uma mente positiva. Custe o que custar, pagarei o que for, pra curtir e compartilhar a vida, escolhendo a renda, de uma rede no interior.


Coerente hipócrita.

Sabe essa gente que não vive o que prega, não vive o que martela, não vive nem na tábua? Pois é. Essa gente tem boa intenção, tem bons ideais, mas não faz revolução, quer ensinar a pescar, mas não chegam nem perto do cais. Pode ser que essa gente lute, que essa gente grite pela gente que padece, mas se ao invés de gritar, começassem a falar, a parar de lucrar, de acumular, até de roubar... quem sabe essa gente parasse de subir, pra subir quem tá embaixo. Não queremos os ricos pobres, mas queremos os pobres dignos. Se bem que o peso dos bolsos influi no peso da consciência. E não adianta lutar, gritar, nem mesmo falar, se as mãos que poderiam dividir o pão, cumprimentar um irmão, ainda estão ocupadas contando piadas de quem conta os vinténs... pra não dormir no chão.