Não.

Eu sei que um dia vamos nos encontrar, todos.
Mas tenho medo do que possa nos acontecer, até lá.
Acho que deixo de evitar, para poder continuar temendo o inevitável.

Descobri que a verdadeira felicidade é feita por nós mesmos. Quando inventamos um jeito de viver com o que temos, sem precisar mais do que já foi. E eu serei eternamente infeliz, porque sempre precisarei de tudo que já não tenho e até do que nunca tive.

Akeboshi - Wind

Cultive sua fome antes de idealizar.
Motive sua raiva, faça tudo se realizar.
Escale a montanha, nunca desça.
Descanse satisfeito, nunca caia.

Meus joelhos tremem como quando eu tinha doze anos,
Saio da sala de aula pela porta dos fundos.
Um homem me criticou duas vezes apesar de não me importar.
Esperar é perda de tempo para alguém como eu.

Não tente parecer tão esperto.
Não chore, você está tão certo.
Não se apegue a crenças ou medos,
Porque você irá se odiar no fim.

Você diz,"Sonhos são sonhos".
"Eu não irei bancar o tolo novamente"
Você diz,"Porque eu ainda tenho minha alma".

Fique frio, meu bem, seu sangue precisa correr mais devagar.
Rompa sua alma para se entender sem se entristecer.
Refletir o medo cria sombras de nada, sombras de nada.

Você continua cego se você vê uma curva na estrada,
Porque existe sempre um caminho direto para a sua meta.

Não tente parecer tão esperto.
Não chore, você está tão certo.
Não se apegue a crenças ou medos.
Porque você irá se odiar no fim.














Só agora pude perceber que você sempre me avisou.

Sobre o Tempo ²

______Foi necessário um bom tempo para que eu compreendesse certas coisas, e ainda é necessário mais um bom e longo tempo para que eu talvez compreenda mais algumas, mas tem certas coisas que eu certamente nunca entenderei. E por mais que eu pense ter entendido, ter escutado, ter visto, é só ilusão. Há uma luz, alguém que sempre me conta o segredo, mas eu estou sempre desconfiada demais para prestar atenção no sentido real das coisas. Porque por mais que tudo pareça sem sentido, coincidências não existem.
_____Cada fio de tempo nos envolve feito um nó e nós nunca mais poderemos nos soltar. E esse mesmo fio, é o que nos puxa pro fim, cada vez mais, pro fim da chance que temos de salvar o dia, salvar alguém, salvar a nós mesmos.
Eu sempre pensei que daria minha vida para salvar qualquer pessoa, mas pensando (não pensando bem), e se eu tivesse filhos(?) a pessoa que ficaria cuidaria deles(?), e se eu tivesse uma pessoa muito doente dependendo de mim(?) estaria trocando duas vidas por uma(!). Nós somos iguais perante Deus até certo ponto, partindo da origem. A partir do momento que nascemos, nós estamos nos diferenciando, caminhando de encontro ao que plantamos.
_____A cada piar de um bem-te-vi, estamos lançados numa selva, onde cada atitude é uma decisão que traz consequências encadeadas infinitas e se omitir talvez seja a atitude mais repugnante de todas. Pois quem toma uma atitude negativa, está pensando em defender algo, algum ideal, nem que seja a si mesmo. Já quem não toma atitude nenhuma, joga nos ombros alheios a responsabilidade dos atos. Mas cada um é responsável pelo que faz (ou não faz).

Back in Black

Percebi que quando encontro-me deprimida, tenho de alguma forma extravasar toda a dor, mágoa, angústia que me corrói. Entretanto, quando mesmo em meio aos problemas, tenho algo de bom, me sinto melhor, fase boa e tal, me fecho e esqueço de extravasar as coisas boas também, pra multiplicar esse bem-estar. Quero (ainda que muitas vezes inconscientemente) tanto guardar aquelas coisas boas, que é como se o meu egoísmo encobrisse o coração e absorvesse tudo de bom que eu deposito ali, transformando tesouros que seriam pra vida toda em meras bijouterias passageiras. Quando estou triste, xororô, angustiada, sempre tento encontrar nos outros, nas outras coisas, uma maneira de melhorar, de animar, de pequenas felicidades. Porém, quando essa fase passa (sempre passa), esqueço de ser aquele bom lugar pra quem precisa, de ajudar assim como me ajudaram, de perceber as necessidades à minha volta. E por essas e outras, torno-me seca, fria, refugiada no meu próprio mal. Descobrindo talvez tarde demais, que tudo que precisamos nos outros, parte de nós mesmos. Mas ainda há tempo, nunca é tarde demais. Nunca. E esse otimismo tolo, confabula com o pessimismo inofensivo, pra no fim eu saber tudo que sei, esquecendo o nada que sou.
Tantos calendários parados no mês passado, que encontrei no meu quarto há dias, quando fui arrumá-lo, de nada serviram pra me explicar o que são esses dias que tenho passado. Eu me arrependo taaanto de taaaanta coisa, admito meus erros, dou o braço mais que a torcer...passo por cima de qualquer vestígio de orgulho...as NADA

-e que tudo mais vá pro inferno!

Não posso mudar o mundo.
Não quero mudar a mim mesma.
Não consigo viver com isso tudo.
Mudarei apenas à minha volta.
E sobreviverei, como sempre!

Natasha

E junto com tudo que era lindo, se vão os versos, as rimas e até as prosas. Já não consigo pensar muito sobre nada, nada me prende mais, nada me toma a atenção. E sigo assim, (dispersa) até focar novamente em algo como essa precedida obessessão! Sei que o que importa é o que se aprende, o que se conquista, mas o que se perde também. Eu posso dizer que aprendi. Vivendo e aprendendo, realmente. Mas sempre há um preço, um desgaste, um gasto. Acho que (como sempre) dei tudo de mim e no fim...fiquei sem ninguém (de novo) e até sem mim. Mas logo me encontro por aí...costumo me perder e sempre me acho uma hora ou outra, onde que quer seja. Seja sozinha num quarto, fazendo tricô com gatos, ouvindo Enya. Ou seja no México, com tudo acontecendo alucinantemente, com algum amor, de tudo que sobrou e muitas novas histórias pra contar aos meus supostos netos que supostamente encherão minha casa de alegria um dia. Ora essa, não sou tão pessimista assim, pelo contrário, deveria ser mais prudente, sensata, realista. Mas prefiro não o ser, não vejo graça, sou o que penso, o que imagino, o pouco que faço. Sendo bom ou ruim, gosto do que gosto. E ponto.

Legítma Defesa

Cometi um pecado: confundi o bem e o mal, o bom e o mau, o você e o outro. E agora ainda não é tarde, porque antes que você me mate ou mate meu coração, te matarei. Jamais ousaria te matar de verdade, mas aquela dor que me invade, já não tem mais espaço em mim. Te matarei no meu coração. Sei lá eu se isso é certo, ou não. Sei que de nada vale o amor, se consegues em vão, transformar o amor em vão.

É sempre amor, mesmo que mude.

O amor é tão magnífico que dentre suas zilhões de formas, não há sequer uma que não seja essencialmente amor, sem divergir do princípio. E nessa transição de um amor pra outro, acho realmente difícil um amor acabar. Porque até mesmo quem odeia, o faz porque ama o oposto. É tudo uma questão de mudar o jeito de olhar, não os olhos. Não adiantaria tanto esforço para ser o que somos, se o amor (em qualquer forma) não existisse. Ele nos faz tão ingênuos, fortes e fracos, dispostos a tudo. Tudo. Não há nada que não se faça por amor. Lembrando: toda forma de amor. O Ódio, a vingança, o egoísmo, são todos amores, quando olhados da maneira correta. Pode-se dizer também que amor é essencialmente egoísmo, mas o simples egoísmo, apenas por si, não tem o brilho do amor. Seria um pecado dizer algo assim. Amor é amor. Não deixe se perder julgando o amor. Ame. Não passe muito tempo dando nomes e cores ao que deve ser apenas vivido, feito, sofrido. "Consideramos justa, toda forma de amor". "É só o amor que conhece o que é verdade". E ele não cega não. Aquilo que enxergamos quando amamos, é a verdade. Há mil amores, mas apenas um amor. E a verdade, ah, a verdade...depende do tipo de amores, pois um amor permite uma infinidade de verdades.
Certa vez pensei

E quem irá dizer?

Ninguém decide por mim.
Se eu agi errado me perdoa porque eu não quis
amarrar outro nó,que prende pra dividir.
O que impede de andar pra frente é a direção que escolheu
se um abismo separa a gente
quem vez a escavação não fui eu.
Eu sei que gente que tem coragem não finge
que nada disso aconteceu

Quando eu acordei era fim de tarde
meu lado claro escureceu
( um novo Sol só de manhã )
Faz envelhecer tendo a mesma idade
de tanto que a alma sofreu.
Eu sei que gente que tem coragem não finge...

O que impede de andar pra frente é direção que escolheu,
se um abismo separa a gente quem fez a escavação não fui eu.
Eu sei que gente que tem coragem não finge que nada disso aconteceu.

(Quem tem Coragem Não finge - Rodox)

Amor

Será que é pedir demais?
Tem gente que até sobra.

Sitting, waiting, wishing,

Minha mente está tramando contra mim, uniu-se ao coração e desde então são só pensamentos avulsos a tudo, porém não a eles mesmos. Chega ser engraçado, com você do meu lado as coisas temem me contrariar. E tudo fica melhor. Longe ou perto, do lado de dentro. E não consegui encontrar algo pra te despejar de lá. Ê coração destrambelhado, não contente com a situação, só sabe teimar e me dizer não, toda vez que "tento". E talvez não seja teimosia, seja submissão, já não sei, nunca soube e nem quero saber. Pra quê mexer.

(Baby can I hold you - Tracy Champman)

Eu te amo, é tudo o que você não pode dizer. Anos se passam e mesmo assim, palavras não vem tão facilmente. Como eu te amo, como eu te amo! Mas você pode dizer: Querido, querido posso te abraçar esta noite?" Talvez se eu lhe dissesse as palavras certas, na hora certa você seria meu.

Que vejo flores em você!

É irritantemente incrível a capacidade que tenho de pensar positivamente após catástrofes. Ultrapassou o limite de otimismo há séculos. Agora já é ilusão. (Ou não) (viu?) (hunf)

Era uma vez...

Um João e uma Maria, felizes. João continuava a gostar de Maria, que gostava de José, que gostava de Tereza, que gostava de Tião, mas ainda mais de Antônio. Tião gostava de Tereza, mas também um pouco de Joana. Antônio não gostava de ninguém. Antônio decidiu por gostar de Tereza. Tereza e Antônio viveram felizes. Maria continuava a gostar de José, que não gostava mais de ninguém. Tião também não gostava mais de ninguém. João talvez gostasse de Maria, mas preferia não gostar mais de ninguém. E Maria, terminou seus dias sozinha, sem gostar mais de ninguém.

Fim.

Você pediu e eu já vou daqui!

E já que meus gritos não passam de sussurros quando se trata de ti, calar-me-ei. Porém não em vão (nada é em vão), pois a mesma chama que acendi pra esperar-te e aquecer-te, será calmamente apagada pelos dias frios e distantes de ti . Não possuo o tesouro pelo qual ansiava encontrar quando saí desnorteada a procurar em teus caminhos, mas enriqueci. Passei por vendavais, por longas noites caminhando num deserto de dúvidas, à deriva num mar de lágrimas. Hoje estou aqui, com pérolas raras do mais profundo oceano, com uma trilha confusa do que pretendo seguir e apenas uma única certeza: a de que tudo valeu a pena. Viajarei longos caminhos em busca do que ainda me falta. Não, nem sequer pensei em fugir de ti. Estou a procurar-me. Sua ajuda será bem-vinda, caso seja de boa vontade. Traga toda paciência que tiver, talvez tome um pouco da minha, mas será tudo em nome da amizade. E a partir daqui, já perco a linha, o verso, o prumo...te tornei imensidão, nesse vazio profundo.

Be strong, be with me.

Eu estaria lá embaixo pra te esperar, te cuidar, te abraçar e dizer todas as coisas que penso em dias cinzas como esse. Você está prestes a se jogar dessa montanha de desencontros e desilusões. Eu não posso te pedir pra ficar, aqui comigo. Eu vou atrás da cura pro teu mal. Quando você estiver comigo, vai até nevar no carnaval, só pra eu te ver precisar de mim. Mas eu espero o tempo que for. Enquanto há esperança, há também amor. E amor é tudo que tenho pra lhe dar.

Sobre o tempo

É frio. Sou frio. Faz frio. Mas não é desse tempo que venho vos falar. Quando as horas me dizem algo (e sim, elas dizem muito)eu penso que estou enlouquecendo, então recordo-me que assim já sou. Pois bem, sendo essencialmente maluca torno-me livre para pensar sobre coisas malucas. E realizá-las, mas isso são outros minutos. Se as horas fossem reais, eu não teria tempo pra nada, afinal já nascemos com o tempo contado e, a cada minuto nos é diminuído uma certa quantia de tempo(real), quantia a qual varia de acordo com a instância, com o ato e com a intenção. Mas o tempo não é real. Tempo é dinheiro, real ou não. Logo, posso me perder nas incontáveis horas, minutos, milésimos de segundos irreais que passo ao longe. Não sei bem onde. Há muitos lugares pra onde ir, mas sempre mando meu espírito primeiro, pois assim guardo melhor as experiências do lugar (sem que me cobrem nada, além de lembranças) já que meu corpo tem tempo e local contados. Todo o tempo eu passo comigo, muito raras as vezes que passei sem mim, tão raras que não me recordo, mas sei que existiram. E quanto as horas? Olho para elas, sempre simétricas, sempre ansiosas a dizer-me algo, que por muitas vezes finjo não entender. É como se eu soubesse da tamanha importância daquilo, daquela velha novidade e já não quisesse mais me importar com nada, nem com as coisas sem importância, que já seria não me importar. E nesse porto desimportado, nesses mares e bares, passam as horas sem que você as veja. E elas chegam a dançar para que alguém (além de mim) as note, são minhas amigas, logo as quero bem...e as faço alguma companhia. Em dias de chuva dançam suaves, como algo entorpecedor, sonífero. Em dias ensolarados, contam piadas e atiçam nossa ansiedade. Em dias assim, comuns...elas apenas ficam em silêncio, ao meu lado...esperando alguma outra hora em que você chegue e mude os dias, os tempos, os reais e irreais. Pois assim será o fim das horas tristes que passam longe de ti.

Mais um dia por aqui;

Não adiantou tentar tocar violão, nem aprender a escrever. Nós já nascemos com tudo que precisamos. E apesar de termos essa mania chata de 'necessidade', não há nada sem o qual não possamos viver. Assim como pra morrer basta estar vivo. Pra viver basta querer estar vivo. E a cada passo ao contrário eu sinto o cheiro de "chuvas de mim".

Se quiser carona, apenas suba.
Mas não pense que poderá voltar tão cedo.
Eu preciso de muito mais que você tem a me oferecer. E talvez você nem saiba que é tudo aquilo que eu descobri em você. E afinal...será que amar é mesmo tudo?

13/066

Os sinais estão por toda parte.
A interpretação cabe a nós.
Mas não podemos fugir do que está por vir.


{simples, rápido e verdadeiro}


adeus.

Inevitável!

Eu sempre sonhei com algumas coisas.
Elas aconteceram.
E não eu vi que não queria aquilo,
tentei aproveitar a situação e nada.
Tive e não quis.
Agora eu sonho novamente.
E quero. (assim como antes)
Mas não terei. Então, me conformo.
Tudo na vida tem um preço.
E esse até que não é tããão caro asssimmm!
Já superei zilhões de vezes as coisas com que sonhei e não tive.
Quem eu sonhei e não tive.
Essa é só mais uma, dentre muitas que virão...cada vez menos,
porque acho que aprender às vezes é necessário!
O fato de hoje ser dia dos namorados não implica que
não posso ter um dia feliz hoje.
Na verdade, acho que sim! Mas se a dúvida é o preço da pureza,
continuo inútil com minhas certezas!
Cada minuto a mais aqui,
é um minuto a menos pra tudo terminar.
Se bem que o que não começou não pode acabar.
Mas qualquer possibilidade de começar é nula.
E essa idéia existe, então é válida.
Antes de começar já é o fim.


Só me arrume um precípicio.
Juro que volto assim que criar asas.

lama, alma, calma, trauma(...)

Me leva de volta pra dentro
Eu gosto de quando a cama vem quase morna
Preciso de muita calma
Como quem deita em grama de pátio vazio.

(Mimetismo Exacerbado - Stereoplasticos)

Toma o melhor de mim, pra você!

"Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais.."

Só quem conhece a alma de alguém, sabe realmente o que significa aquilo que conheceu na mente dessa pessoa. Há muito tempo atrás, havia blocos feitos da mesma idéia. Com o tempo (zilhões de anos e vidas) esses blocos foram desmanchando, em fragmentos dispersos por todo o universo. Mas pela sua essência (e algumas outras coisas adquiridas nas viagens pelo espaço), os fragmentos se atraem, sem saber. É a natureza que une de novo, aquilo que já foi um dia uma só coisa. Dependendo do trajeto, do tempo em órbita e tudo mais, alguns fragmentos amadurecem mais que outros, desenvolvendo assim, a capacidade de reconhecer as outras partes que o completam. E começam uma longa jornada, atrás daqueles que só eles sabem o quão ligados estão. Mas não é uma jornada pensada, com planos e projetos. É um caminho quase que intuitivo, com tropeços e mais perdas que ganhos. Pois qualquer ganho é pequeno demais se comparado ao único objetivo: unir-se novamente ao que já fora parte de si. Aquele antigo bloco de idéias, fora também um bloco de sensações inexplicáveis, de mecanismos que regem os instintos e raciocínios de tudo aquilo que já fizera parte do bloco.

É por isso que quando encontramos uma pessoa (que nada mais é que um fragmento do todo), temos essa necessidade quase que inconsequente de juntar-se a ela (ou elas) e tornar-se um só novamente. No momento há um fragmento mor, que é a única parte capaz de preencher esse espaço(vazio) pré-destinado a ela. Que as leis da atração façam seu papel. Ou seremos apenas fragmentos dispersos em caminhos paralelos. Uma oportunidade dessas só acontece a cada 100 séculos. Cada dia a mais é um a menos. E a energia vital pode cessar a qualquer instante. Apresse-se.

Só imaginação!

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto
Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo
O que é demais nunca é o bastante
A primeira vez
Sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos

Vamos sair
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão
Procurando emprego
Voltamos a viver
Como à dez anos atrás
E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas
Vamos lá tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer desta noite
Ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
Esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar

Quando me vi tendo de viver
Comigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir
Vamos sair
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão
Procurando emprego
Voltamos a viver
Como à dez anos atrás
E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas
Vamos lá tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer desta noite
Ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém.

O seu mistério abala o meu.

Se talvez algo fosse diferente.
Talvez eu não tivesse me preocupando hoje.
Porque não saberia nada sobre você.
E é essa busca incessante de te conhecer
que anda me tirando as noites
que até então eu tinha só. Agora não mais.
Pois sonho com você!

Poderia ter terminado ali,
mas assim como esse
coração que insiste em bater
tão clichê, mais forte
ao te olhar, (só)
dentre tanta gente que te quer bem.
Tua alma quer estar ali,
mas ela não pertence a esse lugar.
Vem comigo? Encontraremos o nosso lugar.
Acho que não.
Como sempre, partiremos
em diferentes vagões,
onde eu poderei te ver chorando
pela janela
mas você nem sabe que eu te quero.
Tanto.
E eles não deixariam, devemos fugir.
Mas não posso te roubar.
Ainda que continue te querendo.
Tanto.

"Palavras doces numa voz amarga"

Desconhecidos - Semi-conhecidos - Conhecidos.
Ex-amigos - Novos amigos - Velhos Amigos - Amigos.
São parâmetros que criamos intuitivamente sobre as pessoas. Mas prefiro não me ater a critérios ou algo assim, deixo por conta de gostar ou não da companhia da pessoa, confiar segredos, chamar pra sair, etc. Mas e quanto aos inimigos? Generalizando (adoro isso), eu acredito que não tenho inimigos. Mas aí é que tá: os inimigos são aqueles declarados ou aqueles que só nós sabemos que não gostamos? Temos que odiá-los? Devemos ser sinceros e tratá-los mal ou manter as leis da boa convivência? E se alguém que eu penso que é meu amigo, na verdade (cruel, porém verdade) me odeia? Inveja é antônimo de amizade? Sendo assim, é também sinônimo de inimizade? Seria tudo assim tão fiel as regras da lógica? E o que fazer com os inimigos? Bom, aí depende do grau de inimizade. Arrasá-los, humilhá-los, deixá-los no chão e cuspir em cima? Apenas ignorar? Ter uma boa conversa, na qual se deixe bem claro que o odeia? Mas aí já estaria assumindo como verdade que pra ser inimigo, deve odiar.
É tudo tão confuso e ao mesmo tempo simples. Mas as pessoas (principalmente os amigos apenas) nos cobram, cobram atitudes, cobram respostas, cobram sentimentos. E onde é que já se viu cobrar sentimento? Se tem algo que não se deve cobrar é isso. Você pode receber ou dar sentimento, pode até esperá-lo. Mas exigir algum? Não. Respeito não é sentimento, é atitude, ação. Sentimento é algo muito transparente e subjetivo pra ser definido e materializado.
Quanto aos meus hipotéticos inimigos, prefiro que fiquem assim, me enchendo de dúvidas. Porque sei que ao ter certeza de algo, o sentimento é inevitável. E talvez as situações se tornem irreversíveis. Agora, quanto aos meus amigos (hipotéticos ou reais), faço o meu. Não desconfio, porque aí já seria julgar e, todos nós sabemos (ou deveríamos) que isso é inadmissível à amizade. Ofereço minha razão e emoção, tudo de uma vez. Despejo isso de forma a saberem da tamanha sinceridade que coloco ao dispor de quem quer ser meu amigo e ainda não é, de quem é por querer ser, e ainda, de quem é sem saber. Não acredito que haja falsos amigos, pois independente de traições, desconfianças, receios e amarguras, pode ter sido amigo por um momento apenas. E isso já é o suficiente pra se tornar importante. Já o rancor (algo que anda ao lado da angústia, da mágoa e que sempre que posso deixo ir), esse sim precisa de muito mais que um momento pra se tornar verdadeiro. A amizade consiste em tanta coisa boa. Apenas. Não precisa de nada de ruim, porque até o ruim é convertido em experiência, amadurecimento. Logo já não é ruim, é bom. Bom é quando é bom. Quando é ruim, é bom também.
Sei que sou otimista demais, mas não ingênua. Se me engano (ou me enganam) é porque permiti. E sim, sou orgulhosa e poucas são as coisas que eu esqueço.

"Ouço o que convém.
Eu gosto é do gasto.
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago."

Tá olhando o quê?!?

Hoje no caminho da academia, estávamos minha amiga e eu, felizes e saltitantes (hehe). Até que nos deparamos com a seguinte situação: Uma mocinha, magrinha, sem muita força aparente, empurrando um carro, o qual uma senhora, já de meia idade, loira, acima do peso, guiava e ajudava a empurrar. Uma situação contrangedora (idiotamente constrangedora, afinal isso pode acontecer com qualquer um e bla bla bla). Meu pai já teve que empurrar carros várias vezes, geralmente antigos, isso acontece. Então, decidi por impulso, instantâneamente ajudar. Minha amiga que não é lá muito acostumada com esses estranhos atos caridosos do cotidiano, ficou olhando e segurando minha bolsa. Enquanto eu empurrava o carro, ao lado da garota, dava algumas idéias de como seria a melhor forma de fazer o carro funcionar (acreditando que realmente sabera algum dia, algo sobre o assunto). Aproveitei para perguntar se elas sabiam qual o problema no carro e a mocinha bonitinha me lança a seguinte explicação: "É a bateria. Parou de funcionar do nada. Do nada! (pausa) Isso é o que dá, pegar carro emprestado. Tsc tsc." Durante alguns segundos eu fiquei tentando avaliar a situação e o que ela havia dito, mas acabei me preocupando com o carro em si e deixei de lado os pensamentos hipotéticos. Pensei em como resolver o problema. Quando chegamos a um certo ponto da subida, resolveram dar o tranco no carro. Aí é que tá...depois me perguntam por que eu sou machista. ¬¬' Simplesmente, mulher não sabe dar tranco em carro. (Generalizando sim, é claro que há exceções como em outra regra qualquer). E tentou e tentou. Sem sucesso, ficaram conversando (as duas), enquanto (sem os devidos agradecimentos) eu 'peguei' minha amiga e continuamos nosso caminho. E depois comecei a pensar até chegar a algumas conclusões: ¹Mulher pode até dirigir bem, mas é fato que os homens dirigem melhor e se saem melhor nas situações que envolvem carro. ²A garota é uma fresca, ingrata e metida, por falar mal de um carro emprestado e acima de tudo por não me agradecer. ³As pessoas que observam a situação ao passar esquecem-se de ter passado por algo parecido ou de que podem um dia precisar da ajuda de estranhos. E olham aquilo (o carro estragado) como se fosse um crime, uma coisa lastimável. E depois de refletir sobre uma coisa simples, mas que não é todo dia que me acontece, que eu tenho mais vergonha das pessoas, não por mim, por elas mesmas. Por sempre se posicionarem superiores e alheias as coisas, como se estivessem acima daquilo. Poxa, não quer ajudar, não ajude. Mas por favor, não fique olhando com cara de "nossa, que vergonha, que pobreza, que horror!", é só um carro. E só.

ps. Não, eu não fui ao show da Ivete Sangalo. Porque não quis, simples assim.

O que uma música não faz com as pessoas...

Cheguei a conclusão de que sou volúvel. Não sei se muito ou pouco, sei apenas que sou. Há um bom tempo atrás defendia mil idéias, mas eu mal sabia das coisas do mundo (não que agora eu saiba, sempre caminho à certeza de que nada sei). É claro, eu tinha lá minhas teorias sobre poucas coisas e as defendia piamente. Com uma grande mudança de tempo, espaço, situação, minhas teorias tornaram-se contraditórias e eu acabei por optar pelas idéias que me pareciam mais certas, lógicas ou reais simplesmente, talvez até convenientes. Mas diante de certos fatos, parei pra pensar em como a cabeça de uma pessoa muda e, o porquê de tantas atitudes tomadas de forma precipitada. E então desenvolvi mentalmente uma teia de possibilidades e fatos embasados no que poderia ter sido se não fosse outra coisa e bla bla bla. Depois de muitas idéias soltas, muitos planos paralelos que por fim fazem sentido juntos, cheguei à conclusão de que sou volúvel sim, mas ainda bem que sou. Porque se continuasse sempre com os mesmos conceitos velhos de guerra, seria a mesma coisa que viver alienada, sem permitir que o mundo a minha volta me afetasse. Aprendi a filtrar isso, hoje eu sei o que devo levar em conta, com o que devo me preocupar e por aí vai. Aliás, devo me preocupar com tudo, devo viver a vida com a intensidade de um raio de sol ao meio-dia e ao mesmo tempo ter a suavidade do brilho de uma lua cheia, pra saber equilibrar as coisas. Porque se déssemos atenção apenas as coisas devidamente necessárias, seria tudo tão...robotizado, tão sistemático que seria perdida a essência do sentido de viver. E em contrapartida, se nos preocupássemos apenas com coisas simples, banais, de certa forma "sem importância", nos tornaríamos covardes, refugiados num mundo de idéias, sem notar o mundo à nossa volta, sem dar valor as coisas vivas. Portanto, aprendi enfim, que posso estar errada em relação a zilhões de coisas, mas se continuar controlando o 'filtro' que me cerca, serei esse eu que sou, apenas melhorado. A melhoria implica em algumas perdas também, então não espere que eu chegue onde eu quero (não me pergunte onde porque ainda não sei, mas estou indo) com as mesmas virtudes, apenas sem os defeitos. Isso seria jogar fora todo o processo de evolução, seria 'brincar de casinha' como diria meu pai. Veja, sou orgulhosa o bastante pra transformar a idéia de algo ruim, de um defeito, em algo totalmente aceitável e bonito. Sou mais que volúvel, sou orgulhosa, teimosa, persuasiva ao extremo. E vejo tudo isso como 'algo de bom e forte em mim' . Cuidado comigo, eu mudo muito, mas continuo a mesma. (Alguém já disse algo parecido há muito tempo, mas isso foi inteiramente espontâneo, haha).

ps. O título faz referência a Los Hermanos. Talvez um dia eu explique melhor.

Mais do Mesmo. Lamentações. Agradecimentos.

"Só de pensar em ti, toda hora...resolvi jogar em você a culpa ou desculpa do meu ser e, viver a alegria do meu sonhar, sonhar e esperar. Mas pensando bem, agora ou outra hora qualquer, depois, percebi que é tão certo e sensato, talvez esteja eu coberta de razão ao não querer te querer. E sendo assim, já penso em ti mais que em outra lua que eu já quisera acreditar que fosse cheia. E se eu for? Nada disso durará, pois sei que como o fogo que precisa do vento pra avivar, há sempre a água, ou o tempo, seja lá como for, o fogo vai apagar. Estarei no meu ser, num lugar, meu ou seu, lembrando de como eram felizes os dias em que te tive por perto."

Já fui e voltei. Mas ainda estou perdida por aí, sempre fica algo perdido na estrada dos apaixonados, loucos, sonhadores, inconsequentes, esperançosos...ahh, muito boas horas dormidas. Eu sonhei. Eu acordei.

Só por hoje não, sempre que for possível!

Por muito tempo pensei estar fazendo tudo errado. Mas agora vejo que aquela velha história de amar, deixar livre e tudo mais, faz muito sentido. Amo, quero bem, que viva feliz então com quem quiser. (Ou não). Mas dá uma sensação de alívio, de trabalho feito, ter deixado de falar, ter deixado de escancarar o que todo mundo sabe, só porque hoje não preciso responder por nada do que não fiz. Todas aquelas cenas e dúvidas ficam na minha mente por um tempo, mas estou livre de julgamentos, livre de consequências impostas pelas atitudes. Quando não faço algo que quero, sinto-me podada, incompleta. Mas há uma recompensa, algo que me faz querer melhorar, querer lapidar essa coisa toda de discrição, sensatez e caráter. Não por achar que as coisas serão melhores ou serei mais feliz assim, mas por saber que dando certo ou errado, viverei dias vazios de conquistas mas cheios de tranquilidade. É, hoje estou sendo covarde. Talvez isso mude, afinal quem sou eu pra ter certeza do impossível? Me defino apenas como uma constante variável. Se um valor assumido torna-se proveitoso ou cômodo, posso me fixar por um tempo. Até as outras incógnitas mudarem de valor e lá vou eu novamente, procurando o y certo da função. Sou interesseira, não gosto do que não gosto, oras! Mas oportunista não. Bem que gostaria, pessoas oportunistas aproveitam as oportunidades. Não é isso que nos tentam ensinar a vida toda? Se sou boa é por preguiça, minha vontade é de ser aproveitadora, aproveitada. Ai de mim se continuar assim, sem utilidade. Jamais inútil, pois pareceria muito agressivo e talvez meu ego não suportasse e quisesse mudar, mas pra quê? Deeeixa tudo como está, me esconderei em mim. No meu me, eu, comigo mesma. Obrigada pela atenção. Não volte sempre. Talvez eu não esteja mais em mim, vai saber!

"You're frozen when your heart is not open"

Passei dias e mais dias de um calor insuportável, esperando o frio chegar. Pode-se dizer que hoje é um dia frio, olho pela janela e a neblina toma conta de tudo em volta daqui. É claro, ultimamente tenho conseguido uma certa independência emocional, poderia simplesmente pôr uma blusa, me enrolar nas cobertas e assistir a algum filme bom novamente. Mas já tive dias quentes no frio, senti algumas mãos acariciarem meus cabelos e me fazerem sentir confortável em dias assim. Talvez se eu tivesse alguma companhia eu quisesse ficar só, mas teria opções, algo extremamente estimulante se comparado ao conformismo dos dias atuais. Hoje, só, me contento (ou tento) com as minhas cobertas cheias de mim, alguma música nova que me agrade e fantasmas que me rodeiam (estão aqui nesse momento). São espectros do passado que me fazem refletir na diferença de cada atitude que temos. Eles também vêm do futuro, como se me avisassem como as coisas são por lá, mas de medo que tenho do supostamente desconhecido, não os escuto. E eu acabo percebendo que os dias frios tão esperados, já não fazem mais sentido. Eu quis (inconscientemente) um frio simbólico, cheio de vida e coisas gostosas. Jamais ousei querer um frio real, um frio que invade o corpo e toma conta de tudo. Continuo relutando, tentando dar sentido a frases dispersas na minha mente, pra que algo em mim se mantenha aquecido, a alma. Pois aquele coração pulsante, empolgado, ansioso, já está cansado de bater em vão e, como os gramados que esperam que a manhã os cubra de orvalho (pois sabem que assim será), meu coração espera pelas próximas horas e horas e horas, deixando-se esfriar, como se fosse a velhice de dias cansados. E eu ainda sou jovem, quando minha velhice realmente chegar, talvez eu não suporte ficar só, naquela cadeira de balanço, sem dias aquecidos por lembranças. É, talvez eu chegue lá. É, talvez eu suporte. É, talvez.

Metamorfose Contínua de um Ser e Estar

Passamos muito tempo pedindo por mudanças, reclamando aos amigos sobre as insatisfações do cotidiano ou até mesmo as mais íntimas e profundas inquietudes, mas não estamos completamente cientes de que uma hora qualquer, o destino ou o mundo ou a vida ou Deus ou sabe-se lá quem, resolve atender aos nossos pedidos e nos muda. São mudanças sem fim, por mais que não percebamos elas estão acontecendo e ajudando e traindo. Nós estamos totalmente vulneráveis as decisões desses agentes mutantes, sem critério algum, pois nossos critérios são usados de forma aleatóriamente maluca por quem gerencia tanta transformação. E então tudo muda, muda a personalidade, as necessidades, os amigos, a situação em que nos encontramos e, com tudo mudado, tudo já está mudando de novo. Sem parar. Num ciclo? Num vício? Porque ainda que eu peça pra que tudo fique como está, tudo fique no seu lugar atual, as mudanças acontecem, acompanhadas de mágoas, alegrias, ganhos e perdas que nunca satisfarão o vazio que reclama de tudo, aquele vazio chato, intransigente, ranzinza, o vazio da nossa alma que não sabe valorizar a calmaria, mesmo após mil tempestades. Aproveite cada aqui e ali, cada onde e qualquer lugar, aproveite tudo, seja um tremendo de um aproveitador, porque generalizando e bastante: nada é o que era, nem será o que é.