Me sinto só, me sinto tão seu.

Parece-me seriamente que estou perdida, num conflito intenso entre medo e razão. E não sei se é carência, medo de ficar só, medo de me encontrar só, ou medo de não ser você. Eu te escolhi dentre centenas de rostos e idéias, mas aconteceu algo que odeio, que não consigo controlar, meu coração te escolheu. Te escolheu pra ser a causa da sua dor, consciente, incontrolável. E eu até tento me distrair, me convencer de que não é assim, me esquecer de como é, você. Mas não. E com tantos defeitos, com tantos motivos, com tanto orgulho e vaidade, com tanta razão na emoção, eu não sei porque não consigo aceitar não ter você. E eu te tenho, de uma maneira fria, desumana, desesperada. E eu não aceito te querer assim, não. Te quero do meu jeito e, me sujeito a te ter assim. Te tenho, mas não quero. Quero você todo, suas cores e suas dores, eu sei que posso suportar. E talvez você saiba, ou talvez seja meu medo, que se disfarça de esperança e me faça continuar nesse constante martírio, de reconstruir meu coração, te entregar, pegá-lo de volta em pedaços, empregar toda minha vontade e recontrui-lo de novo, te entregar e pegar e sofrer e chorar e doer. Dói. Ontem eu preferia essa dor, pois não a tinha. Preferia sofrer de amor, pois era vazio, é o que eu era. E hoje eu ofereço recompensa pra quem conseguir tirar essa dor de mim. Dor de saber que não importa o que eu faça, como eu faça, como eu seja, eu sou... eu. E não sou pra você. Você não me quer. E seria confortante se você não quisesse ninguém, mas você não quer a mim. E isso realmente dói.

watching and waiting.

Embora eu insista em dizer que passou e que está tudo bem.... bom, está tudo bem, mas não passou. E continuo me sujeitando a coisas que meu orgulho não aprova, continuo me dizendo que não vai mais ser assim e falho. Mas se é o que eu realmente quero, não estou errada (de certo modo), porque o certo é o que nos faz felizes e, eu definitivamente prefiro tentar ser feliz, ainda que sofrendo, do que não tentar nada, não ser nada, nem feliz.


quAse seM quErer.

Em todas as cores eu via o seu brilho e preferia fechar os olhos.
Porque no escuro, tudo é como eu imagino.
A tristeza dá lugar aos momentos felizes, aos doces sonhos.
E hoje, ao acordar te vi. Não ao meu lado, não em mim.
Te vi no passado, bem-te-vi.
Não te vejo mais, porque agora eu olho para frente.
E lá tudo é colorido e vivo.
Não há sombras, não há margens, não há perigo.
Tudo é mergulho e mar, só um giro pra voar
e um suspiro pra descer.
E já não me preocupo, afinal toda essa viagem já faz sentido sem você.

Me procure no melhor sorriso.

A partir de hoje nada mais me entristece, deprime ou maltrata. Acordei iluminada pelos deuses, com um sopro de inspiração e nele dizia: "nada que acontecer será para o seu mal". Acredito que ainda me comoverei, aborrecerei às vezes, mas por hábito e não por escolha. E sempre que algo acontece temos uma escolha. E eu escolho ser feliz. Podem me chamar de alienada, idealista, ingênua ou dizer que "viajo demais". Pois é tudo verdade. É preciso sim ter os pés no chão, mas só quem consegue acreditar e voar, sabe a diferença entre viver assim. Quedas são inevitáveis, mas com o tempo aprendi a levantar depressa, aproveitando o tempo que os outros passariam se lamentando pra tentar voar novamente.

A realidade é isso. Está aqui, querendo ou não. A fantasia, a esperança e os sonhos, só estão para aqueles que os buscam, que os querem. A realidade é isso. Tenho grande poder de tranformação nela também. Mas gosto mesmo é de trazer um pouco do que aprendo sonhando pra esse mundo tão cinza.

Coisas ruins acontecem, as pessoas nem sempre mudam e, a vida nem sempre é bela. Mas isso tudo não quer jamais dizer que, coisas boas não acontecem, que as pessoas não mudam ou a vida não seja bela. Eu acredito. Acredito na vida, no outro, no amor. Acredito em Deus, nos deuses, na fé. Acredito na minha fé, isso é essencial pra que eu possa continuar. Temos a capacidade de agir, de raciocinar, de mudar, criar, viver. Então eu penso: "Por que tanta gente prefere apenas existir?". Porque é cômodo não lidar com as consequências, com as atitudes e principalmente as derrotas. Mas tudo é questão de ponto de vista. E o meu é aquele que me convém, que me agrada, que me faz feliz. Egoísmo? Esperteza. Afinal, por que eu escolheria ver as coisas de uma maneira que me faça triste, me desmotive e me faça deixar de viver? Quando estou feliz, faço o mundo melhor, as pessoas felizes e, as pessoas estando felizes, me fazem feliz. É um ciclo. Se você está triste, entristece o mundo e o mundo te entristece. Quebre essa corrente, sorria. Ainda que com lágrimas nos olhos, irradiará luz e luz é energia. Energia que precisamos pra seguir em frente, pra mudar, melhorar, evoluir e causar boas consequências ao nosso redor.

"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo". Ghandi

Ainda que amanhã eu possa entristecer, chorar ou ainda murchar. Hoje, ainda que só por hoje, serei feliz. Tentarei e conseguirei mudar o dia. Quando algo der errado, escolherei sorrir. Quando chover, escolherei molhar e não fugir. Quando esquentar, escolherei suar e não sofrer. Quando você chorar, eu tentarei te fazer sorrir, mas aceitando seu choro, como prova de que ainda há sentimentos e as pessoas ainda se importam com algo.

Embora meu pensamento continue fixo, meu sentimento voa leve sem angústia. Minhas palavras já não temem o seu juízo, apenas esperam mansas a sua busca. E quando chegar a hora certa, com apenas um olhar eu te direi, aquilo que você tanto sabe e tem medo de saber. E a hora errada, se fará certa, assim que acontecer.

Tudo aquilo!

E quando tudo aquilo que você precisava ouvir, era tudo aquilo que você não queria.
E quando tudo aquilo que você poderia ouvir, era tudo aquilo que jamais aconteceria.

E tudo aquilo, TUDO aquilo, não é mais.
Tudo aquilo ficou guardado nas páginas de um livro bom.

Todo carnaval tem seu fim.

-Ele é imprevisível.
-De que modo?
-De todos os modos, ele nunca faz o que é certo, na hora certa.
-A vida é imprevisível!

A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo.


E agora tudo está em paz.

Cuide do seu jardim!

"Imagine um pássaro na palma de sua mão, deixe-o cantar, comer e ficar ali o tempo que quiser. Se ele quiser voar deixe-o. No dia seguinte ele voltará feliz e confiante. Amar e compartilhar é preencher o outro em suas carências afetivas, sem posse". 

As pessoas não podem ser possuídas, jamais. Ainda que possamos controlar o corpo alheio, nunca conseguiremos controlar totalmente as emoções e os pensamentos do outro. O amor acontece quando nos entregamos, nos doamos e, a partir do momento que não quisermos mais, seremos livres. Não há como prender o amor. Não há como exigir ou cobrar. A melhor forma de saber que alguém nos ama, é demonstrando nosso amor, cativando e observando. Se o outro quiser estar com você, quiser ter sua companhia, quiser você, isso é amor. E não exigir ou cobrar, não. Isso é posse. E escravidão é só do corpo, jamais da alma. A alma é livre, desde que você compreenda o que é liberdade. O amor é livre,  "é esta-se preso por vontade". E só.

Moral

Quando eu quero e não posso, quero mais.
Quando eu posso e não quero, não quero.
Quando eu quero e posso, quero muito.
Quando eu quero, posso, mas não devo, quero muito mais.
Quando eu quero, devo, mas não posso, quero ainda.
Quando eu não quero, não posso, mas devo, não quero.
Quando eu não quero, mas posso e devo, continuo não querendo.

Eu quero, posso, mas não devo. Portanto insisto em querer, porque eu quero querer.  Se eu deixar de querer, por não dever, pronto: não quero! Não quero! Não quero! Mas eu quero querer. Esse mal que me ronda é um bem. É como brincar com fogo, um descuido e as consequências são terríveis. Mas enquanto manipulado com sabedoria, é muito vantajoso. Eu ainda tenho o controle e, acabei me descuidando algumas vezes. Mas ainda quero, ainda posso e talvez eu deva. Só saberei depois de dominar o fogo ou de me queimar. São riscos que estou disposta a correr. Embora eu sempre corra ou pare bruscamente, estou aprendendo a caminhar, a seguir um ritmo ameno, algo que eu possa suportar. E eu suporto bem a dor, suporto bem a felicidade, suporto bem tudo, menos a ausência desse tudo. Não suporto o nada. O nada me preocupa, ele sim é insuportável pra mim.

E depois?

Antes tudo era motivo pra assunto, pra longas horas de conversa.
Agora: Oi tudo bem? Tudo e você? Tudo.

Antes tudo era engraçado e positivo.
Agora tudo é preocupante e duvidoso.

Antes havia interesse sobre as preferências.
Agora há lembranças sobre as preferências.

Antes: "Como temos coisas em comum".
Agora: "Como ela pode não gostar disso?".

Antes a pornografia incentivava a melhor perfomance.
Agora a pornografia tenta suprir a ausência.

Antes a aparência era importante pra agradar.
Agora a aparência é importante pra tentar provar que estou bem só.

Antes: expectativa.
Agora: frustração.

Antes: paixão.
Agora: sofrimento.

Antes eu queria ser feliz.
Agora eu quero o antes.

Entretenimento.

São tantas contradições, que embora me agradem por me manterem sempre pensando, sempre buscando, também me entristecem, pois, nunca sei ao certo qual caminho tomar e tenho dificuldades em aceitar que decidam por mim. A não ser que seja algo maior, de uma maneira mágica e linda. Enfim, ainda vivo num mundo de fantasia, ainda dramatizo tudo. Uma mistura de Alice com Usurpadora. Oh céus.

Eu só peço que as coisas dêem certo, de uma maneira ou de outra. Porque TUDO tudo TUDO tudo que desejamos de verdade, com todas as nossas forças, acontece. Mas geralmente não percebemos, porque não enxergamos além do que está exposto. É como se a vida fosse uma grande apresentação. No palco, encontramos tudo que está em cena na nossa vida. Atrás das cortinas está o futuro, que nem sempre desconhecemos, mas a peça é tão bem elaborada que muitas vezes somos pegos de surpresa. Eis que às vezes, vejo as sombras, vejo também algumas brechas na cortina e acabo por antecipar alguns fatos. E com isso, acabo me preocupando tanto se acertei ou não (como adivinhar o final do filme) que, acabo perdendo a emoção do espetáculo. Ainda há a platéia, onde os mais próximos interagem com você, alguns querendo que eu me cale, outros querendo que eu conte o que acho que sei, e ainda, alguns apenas assistindo, indiferentes à mim. Nos bastidores está o passado, que coordena as ações do presente no palco, e também influencia em cada passo do futuro. E quanto à direção, eu temo dirigir meu próprio espetáculo, temo falhar. Porque não serão apenas vaias, no mundo real é bem pior que isso. De qualquer forma, o elenco conta com iniciantes e veteranos que voltaram a atuar. O cenário mudou um pouco, mas nada que faça perder a essência. Acredito que a ajuda venha do protagonista, que só entrará em cena quando eu me juntar a ele e, aceitar o verdadeiro papel na minha própria vida.

Lápis-de-cor!

Eu não dou a mínima pras palavras, pessoas, pra preguiça preocupante! Talvez em outro momento, mas não hoje. Ah... hoje!

De uma forma mágica, este dia me despertou tanta vontade, tanto brilho, tanto amor. Sim amor! Nãããão, não o amor bobo e possessivo, o amor chato e insistente. Mas o amor lindo, colorido, vivo! Aiai, talvez daqui a pouco passe, mas eu não ligo. Há momentos que só pertencem a mim. Momentos em que nenhuma tristeza se arrisca.
São momentos como esse em que eu lembro de como é bom viver.

E viver e não ter a vergonha, nem de ser feliz, nem de cantar, muito menos de ser um eterno aprendiz.

Na maioria do tempo, os dias nublados e as fotos cinzas me agradam, me cativam. Mas não hoje. Hoje eu quero cor, luz, todo o brilho do sol. Aquelas rosas vermelhas num fundo em tons acinzentados, hoje não.
Hoje quero as margaridas no vestido da menina e uma gérbera cor-de-rosa em seu cabelo. É, talvez seja sexta-feira. Talvez seja só mais um dia. Talvez seja o inverno chegando... talvez. Mas isso não importa, talvez amanhã. Mas hoje, vejo meu all star mais vermelho, a minha grama mais verde e o som dessa voz ecoando numa melodia doce, em meus pensamentos!

Parque de Diversões

São tantos brinquedos, tantos que eu ainda não conheço. Alguns eu tinha medo, mas agora, movida pela expectativa de emoções, aguardarei o momento. Esperarei na fila. Enquanto isso me divirto com os meus amigos. Ah, fico imaginando como será quando for minha vez. Tenho certo receio, de não gostar, de estar brincando e não querer mais, ou apenas de não jogar bem. Mas agirei como criança, apenas aproveitarei e no fim, me comprarei um algodão-doce e irei pra casa, sonhar com toda a mágica do momento.