Ah, mor.

Estou amando de uma maneira que sou amor. Não há temor em dizer que se ama, quando todos os meus poros exalam esse perfume magnífico.
E não pensem que estou sempre alegre, brilhante e saltitante não. O amor verdadeiro nos permite muito mais. Nos permite sermos nós mesmas (eu e as milhares de mim). Esse amor tão glorioso, nos permite amar. Não há preocupação em amar, ainda que haja preocupação em todos os outros verbos da vida. Pois o amor persiste anestésico e analgésico, mesmo quando as coisas não vão tão bem. É um amor que me espera e que me faz esperar, um amor que me acompanha e volta para trabalhar. É um amor que tem muita vida e vida criará. E agora com ou sem rimas tentarei explicar a transformação do amor em mim (ou o contrário) porque agora eu sou e quero todo amor que há nessa vida. Não choro mais sozinha, nem dou gargalhadas sozinha. A solidão é apenas uma velha da infância, que não sei qual rumo tomou e adoça minha alma por tudo que me ensinou.