Eu vou pra São Tomé.

É tanta coisa acontecendo, que, superficialmente, pensando apenas uma coisa sobre cada uma delas, já é motivo pra pensar demais. Eu penso demais. Formulo opiniões sobre tudo. Questiono, reflito, mudo de opinião. E faço o que com minha opinião? Não (que feio!). Lanço mão dela e de todas as outras (ainda que temporariamente) e volto pro meu mundinho, onde tem o que eu gosto; o que eu não gosto, mas aceito; o que eu preciso (?). Voltei pra escrever, pra dizer mais uma vez o que eu penso demais. Senão, acho que eu acabo pirando (mais que o normal). Ai ai, não é fácil viajar tanto, ir tão longe, voltar e fazer como se nada tivesse acontecido. Talvez, bem talvez, se eu tivesse alguém que fosse comigo, que acompanhasse as idas e vindas do meu pensamento, eu tivesse como provar (até mesmo pra mim) que eu não enlouqueci. MAS o ato de enlouquecer é passar a ser louco. Não sei quando mudei. Não nasci assim, mas acho que nasci pra ser assim. Pra alguns um defeito, pra outros, um milagre.