A vida é tão rara, tão rara!

Não importa a sua dor, nem o quanto é justo o seu luto. Por mais que as pessoas se importem, independente da intensidade, o mundo não para. A morte é (não desmerecidamente) apenas uma etapa da vida. Afinal, quem nunca perdeu alguém? A morte, assim como a vida, é parte dos ensinamentos ao qual estamos vulneráveis, conscientemente ou não. Perdemos alguém, talvez a pessoa que mais amávamos e, cada um para um instante, deixa uma mensagem, um abraço, flores... mas a vida de cada uma delas continua, de algum jeito. E a vida de quem sofre com a perda? Também continua. A vida é contínua, a morte é passagem. Aprendemos lições amargas, às vezes, mas é preciso continuar, cada um a seu tempo. Não adianta vir por quem se foi, não adianta viajar para o enterro. As pessoas que se foram estão em outro processo (dependendo da crença de cada um), mas quem fica, ainda não terminou a vida, e é quem precisa de atenção, carinho, paciência e, principalmente, incentivo. Se bem que incentivo é relativo, afinal, muita gente só precisa mesmo é de tempo. E é esse mesmo tempo que nos falta, que nos sentimos roubados, quando perdemos alguém. O tempo nunca nos pertencerá, tampouco a vida. Não há posse do presente, nem alcance do futuro, inclusive, precisamos nos desprender de passados. O mundo não para, a vida não para, o tempo não para. Mas se for viajar, que seja pela vida, por aniversários, por férias, ou por motivo algum, senão o presente, que é estar presente. Hoje a filha de uma amiga se foi daqui, então percebi o quanto tudo que pensamos ou sentimos é superficial. Atitudes, sempre atitudes... o mundo, a vida e as pessoas precisam de atitudes (do bem).