Entretenimento.

São tantas contradições, que embora me agradem por me manterem sempre pensando, sempre buscando, também me entristecem, pois, nunca sei ao certo qual caminho tomar e tenho dificuldades em aceitar que decidam por mim. A não ser que seja algo maior, de uma maneira mágica e linda. Enfim, ainda vivo num mundo de fantasia, ainda dramatizo tudo. Uma mistura de Alice com Usurpadora. Oh céus.

Eu só peço que as coisas dêem certo, de uma maneira ou de outra. Porque TUDO tudo TUDO tudo que desejamos de verdade, com todas as nossas forças, acontece. Mas geralmente não percebemos, porque não enxergamos além do que está exposto. É como se a vida fosse uma grande apresentação. No palco, encontramos tudo que está em cena na nossa vida. Atrás das cortinas está o futuro, que nem sempre desconhecemos, mas a peça é tão bem elaborada que muitas vezes somos pegos de surpresa. Eis que às vezes, vejo as sombras, vejo também algumas brechas na cortina e acabo por antecipar alguns fatos. E com isso, acabo me preocupando tanto se acertei ou não (como adivinhar o final do filme) que, acabo perdendo a emoção do espetáculo. Ainda há a platéia, onde os mais próximos interagem com você, alguns querendo que eu me cale, outros querendo que eu conte o que acho que sei, e ainda, alguns apenas assistindo, indiferentes à mim. Nos bastidores está o passado, que coordena as ações do presente no palco, e também influencia em cada passo do futuro. E quanto à direção, eu temo dirigir meu próprio espetáculo, temo falhar. Porque não serão apenas vaias, no mundo real é bem pior que isso. De qualquer forma, o elenco conta com iniciantes e veteranos que voltaram a atuar. O cenário mudou um pouco, mas nada que faça perder a essência. Acredito que a ajuda venha do protagonista, que só entrará em cena quando eu me juntar a ele e, aceitar o verdadeiro papel na minha própria vida.