Então é natal, clichê but true.

Eu não sei bem o que estou sentindo, mas essa época de renovação e transformação, definitivamente, acaba comigo. E depois eu melhoro. Acho que é essa a ideia. Saudades dos meus amigos, aliás, que amigos? Agora sim eu vejo a importância que alguns tem e a facilidade em abrir mão de outros. Família? É aquela que eu carrego no coração, há tempos. Não consigo e creio ser praticamente impossível, reunir toda ela novamente. Aliás, tem a de pai, a de mãe, a de mãedrasta. Já me acostumei a ter várias famílias, separadas. Mas o lado bom é que eu tenho várias, que me amam e as amo igualmente, aliás, até mais do que pensam. Trabalho, faculdade, trabalho, faculdade. Já me habituei ao trabalho, entrei na Matrix. Só falta minha casinha, com meu maridinho e meus filhos, mas isso vai demorar. É, época de planos, de esperanças, de ilusões que nos fazem acreditar, seguir. Porque quando deixamos de acreditar, nada faz sentido, então desistimos. Espero que esse novo ano nos traga sorte, na vida, no amor, na alma. Estamos todos cansados de não ter dinheiro e ainda assim conseguimos viver, bem? Há o valor real do material, com dinheiro podemos visitar quem amamos, presentear, sarar doenças e até ser felizes. Mas falta amor, amor que sobra dentro de nós e aprendemos (errado) ao longo dos anos, a guardar. Guardamos tanto, com medo de ficar sem, que ficamos sem da mesma forma. A falta de solidariedade, de carinho, de companheirismo, atenção, falta de vida, nos condicionou ao que vivemos hoje. E quando paro pra pensar, nossas dificuldades hoje são as mais fáceis de resolver e também as mais difíceis, pois precisam que mudemos a nós mesmos e isso, o orgulho, a vaidade, o egoísmo e a amargura, não deixam. Então, só o que posso fazer pelos outros, é desejar (porque os pensamentos tem muita força, principalmente quando ligados aos sentimentos) que tomem consciência do que realmente importa, mesmo que seja uma ideia turva, pelo menos, que entendam que estamos seguindo caminhos errados, que precisamos abraçar mais, dizer mais "eu te amo", sorrir mais, chorar mais, ainda que de alegria. Desejo, que eu aprenda a conviver melhor com o mundo, mas que eu não perca esse meu jeito de ver as coisas, não quero endurecer meu coração, mas a tal maturidade está querendo chegar, haha. Sei que isso é parte das promessas de final de ano, que todos fazem, mas nem todos publicam. Sei que sei demais, portanto, não sei nada. Estou aprendendo a deixar as pessoas irem, seguir caminhos diferentes, entendendo que elas vivem, independente de mim. E isso dói, pois são todos filhos que não tive, todos amores que não amei. Deus, sempre generoso e a vida, nem sempre injusta, vão me guiar, como sempre foi. E ano que vem, pretendo estar aqui novamente, dizendo que as pessoas mudam sim, que as coisas se transformam positivamente sim e que o mundo é bão, Sebastião! Feliz natal, feliz ano novo, feliz vida! E tenha certeza, que se você leu isso, é porque já faz parte do rol de pessoas (não tão seleto assim), o qual eu amo muito, de coração. Paz!