Viagens nas conchas!

Andando pela praia, vi uma concha. A mais linda que havia visto e poderia ver. Todos seus detalhes me encantaram, pensei em dá-la a alguém, usá-la como pingente, pendurar na parede, enfim, estava decidindo o destino de tamanha beleza e perfeição. Então, recolhendo outras conchas, percebi que nenhuma outra chegaria aos pés da primeira. Quando encontrei outra, a mais bela que eu já havia visto e pensei não poder encontrar outra igual. A primeira já não era mais tão bela, naquele instante. A primeira, apesar de muito bela, teve seu valor diminuído. E depois de mais algumas, encontrei outras, lindas e perfeitas, maravilhas da natureza. Portanto, a beleza e o valor de algo ou alguém, depende dos parâmetros que criamos, baseados em nossas experiências. O que era o melhor, pode hoje, tornar-se apenas bom, ou o que era bom, tornar-se o melhor. Pretendo aproveitar o momento em que cada um ou cada qual for o melhor. Pretendo aceitar as mudanças de pessoais de classificação e rotulação mental, pretendo entender e valorizar, o que cada um é e o que cada um já foi. Pretendo melhorar sempre, porque hoje posso ser incrível e amanhã ser apenas legal, depende dos parâmetros de quem avalia. Faz parte, devemos entender e respeitar, mas se quisermos seguir ao lado de quem amamos, devemos fazer o possível, para ser amáveis.