I don't wanna grow up!

A maturidade é mesmo uma coisa muito chata, mas é preciso aprender usá-la e ela se torna a luz da sua vida. A menina que eu era, mimada, "independente" de cobranças, que saía por aí, anda gritando dentro de mim. Eu preciso dominá-la, explicar a ela qual o seu lugar: o passado. Preciso ser forte, ser mãe, meu filho precisa de mim e as pessoas me cobram isso o tempo todo. Às vezes, as mães também precisam de colo, mas talvez não seja a hora que eu mereça ainda, talvez eu ainda precise aprender mais pra merecer. Sou mulher, adulta, embora não sinta isso com tanta força, embora eu chore como uma criança, eu sei de tudo que uma vida de "gente grande" implica. Minhas vontades não importam mais, meu ego é algo extremamente humilhado e ferido, constantemente. E acredito que só quando eu chegar no limite, as coisas vão começar a melhorar. Ser mãe é se anular. As mulheres que tem o prazer e a sorte de criar seus filhos com a ajuda do cônjuge, e/ou do pai da criança, não fazem ideia do quão abençoadas são. Mas isso tudo é uma questão de planejamento ou de sorte. Eu quis muito meu filho (e ainda quero, só pra constar). E devemos aceitar quando o nosso querer é diferente do querer alheio. E o que me faz continuar, é a fé no querer divino. Não em recompensas terrenas ou celestiais, mas esperança de que se eu fizer tudo certo, pelo caminho do bem, tudo valerá a pena, pelo próprio bem que se paga sozinho. (Mesmo parecendo que não é assim... porque quem faz tudo errado sempre tem novas chances e, quem tem consciência e faz tudo certo, é fuzilado pelas pessoas, pela vida, pelo destino, a qualquer tropeço). O segredo é seguir, eliminar as mágoas enraizadas no coração, esfriar a cabeça, olhar nos olhos de pureza do meu filho e conseguir sorrir.