Desperseverança.

Muitas pessoas não entendem o porquê da minha desistência de esforço pra agradá-las. É bem simples e sempre cogito a possibilidade de não ter razão. Eu tento, Deus sabe o quanto. E nada muda. A pessoa não muda, permanece com o mesmo ar de indiferença sobre mim. Então, eu que já não fazia por mim, fazia por ela, desisto. E aí a pessoa reclama de como eu sou, que eu deveria fazer as coisas por mim. Oras, não sou como querem, mas tento. E não tenho essa perseverança inabalável que vejo ensinarem e até praticarem por aí. Tentar agradar cansa. Tentar ser agradável cansa. Mas é aquela história... em alguns lugares eu sou naturalmente aceita e querida. E por que não estou lá? Pois é, a vida há de me convencer sobre essa coisa de escolhas, consequências e destino. No final das contas, toda essa ideia só reforça aquele ensinamento milenar de que, mudar pelos outros nunca vale a pena. Acho, bem achado, que é porque quando é assim, a gente nem consegue mesmo.