Acordes.

Há dias em que acordamos com todos os sonhos na cabeça, e antes que eles possam chegar em nossas mãos, algo os desfaz, tornando as paisagens de verão em tempestades cinzas, fazendo com que as melodias que antes nos inspiravam a mente, sejam massantes e façam doer, não só os ouvidos, mas a alma. Há dias em que mesmo antes de levantarmos da cama, os castelos de areia que construímos ao sonhar, sejam derrubados pelas ondas de minutos que vão passando, sem piedade alguma, sem trazer nada de bom, apenas levando consigo toda calma e imaginação que antes havia ali. Há dias em que seria melhor não acordar.